29 de setembro de 2013

Hare Krishina

Bem pequena eu ia passear com meus pais  e me recordo do feitiço que os Hare Krishina me envolviam.
Achava as vestimentas lindas e o perfume que exalavam eram bem apreciados por mim.
Antes mesmo de conhecer o Mantra de Nando Reis, me lembro do meu pai cantarolando a música em nossa casa. Não sei bem o porquê ele fazia, mas talvez estivesse buscando, inconscientemente, uma tranquilidade.
Já adolescente, andando de metrô no Rio de Janeiro, invariavelmente, eu os via com aquela espécie de colar de bolinhas fazendo suas orações. E ficava ali, olhando por muito tempo e admirando aquela calma e tranquilidade. Na verdade, os invejava porque nosso mundo nos leva a viver o oposto disso.
Li algumas  coisas e vi uma reportagem de uma comunidade, acho que em Parati- RJ. E todas as vezes ficava bem emotiva e a achar que precisava me encontrar, não exatamente nessa religião/filosofia, mas com algo que me desse uma suposta tranquilidade e esperança, na verdade busca de Fé.
Enfim...hoje, depois de muito tempo sem ir a um dos meus paraísos, a torre de Tv, fui até com umas meninas lindas, entre elas a Emília.
Confesso que não me lembro de ver Hare por lá em todas as vezes que já fui. 
Caminhando ele veio em minha direção, me ofereceu um livro e eu não titubiei em adquiri-lo, até porque Alice logo tomou de minhas mãos e foi contando a história que supostamente estava escrita, leitura dela.
Mas ele olhou pra mim e me sugeriu:
--- Você não quer fazer a adaptação da história de Hare para crianças? Assim teríamos um livro acessível a elas e ainda não encontramos alguém que possa faze-lo. 
Fiquei muda e minha cabeça deu mil voltas. Como assim? Por que eu a escolhida? Como sabe que gosto de escrever? Como sabe que lido com crianças?
Ele completa.
--- Você escreve? É de que área?
--- Sou pedagoga.
--- Nossa, que legal! faça isso pra gente?
--- Só não assumo o compromisso agora porque meu tempo anda escasso, mas estou com muita vontade.
Ele me deu o papel sobre como entrar em contato com ele e disse que aguardaria para fazer o trabalho.
É ou não um chamado para me lembrar da fé?

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